Perspectivismo.
Os óculos do ele na página do ele.
Tentar.
Visão distorcida: que estranho.
Estranhamento.
Não estranhar: mudar o foco.
Ao revés.
Pura instigação dos sentidos. Desde a melodia até a voz de Skye. Parece que o calor é tanto que tudo fica mais lento, mas arrastado, saboroso e doce como fruta.
Alguns dias, mesmo com toda a sobrecarga do cotidiano, parecem um Summertime. Tudo se move em câmera lenta, mas não é lento. Tem seu ritmo e seu enlace. O corpo todo envolvido. E é por dentro. Summertime é lento, mas não chega ao relaxante. É tão próprio quanto a celebre frase "no compasso da desilusão". E cada sintonia. E como pode ser próprio dentro de mim algo que do meu eu não nasceu? O que é próprio? Existe próprio?
E é cada vez pior. A minha cela eterna é a cinza e linda São Paulo aos exatos 11 graus celsius, caminhando sozinho. É lindo em sua melancolia. mas é também desconcentrante.
"É melhor morrer do que perder a vida". Não tem cor, não tem som. Nào tem cheiro, nào tem gosto. Quando ousa exalar, é a podridão que emerge, sedenta.
Só um por cela. Mas eu e minhas tormentas já lotamos a minha.
The Night do Morphine é assim. Para um, para dois, para três para muitos um ou dois espaçados em um conglomerado. É melancolia com um abraço e com pulsação.
Inspira.